Relacionamento: frustação e recomeço
- Sara Silva
- 23 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

Desde cedo, sonhamos em encontrar um amor ou romance perfeito. Imaginamos como ele poderia ou deveria ser. Por algum tempo, ficamos presos em nossas cabeças idealizando o grande dia, ou o momento de encontrar o grande amor. Queremos que tudo seja perfeito.
Sonhar e amar é natural, faz bem para o ser humano. Somos seres sociais, precisamos nos relacionar e apaixonar. Entretanto, às vezes idealizamos demais, criamos uma grande expectativa num relacionamento ou numa pessoa. E muitas vezes nos frustramos.
Quando conhecemos uma pessoa, que parece perfeita, nos entregamos a essa nova paixão. E resolvemos construir um relacionamento. Queremos sempre ficar ao lado dela, enviar mensagens diárias ou telefonar para ela. Começamos a imaginar e sonhar em construir uma família juntos.
São tantos planos e sonhos para esse relacionamento. Em pouco tempo juntos, nos primeiros meses, já sonhamos com o casamento: o vestido de noiva, a cor dele e o estilo, o lugar da cerimônia, as flores, as comidas, os convidados... A casa que iremos morar, quantos filhos vamos ter ou se vamos ter.
Nos damos tanto para essa pessoa ou relacionamento. Investimos tempo e recursos, mas de repente tudo começa a desmoronar. Ficamos sem chão, sem saber se devemos continuar ou parar.

É inevitável não nos frustrarmos na vida, nos relacionamentos que construirmos. A questão é como lidar com a decepção ou ferida, de um fim de relacionamento, ou até mesmo de uma traição. O nosso coração começa a sangrar ou gemer de dor. A mente fica exausta de pensar no ocorrido, as lembranças ruins amedrontam o nosso ser. Então constantemente nos perdemos em questionamentos sem respostas exatas.
Permita-se recomeçar e sonhar novamente
Curar uma ferida de uma decepção ou fim de um relacionamento é um processo lento e cheio de desafios. Internamente estamos abatidos e doloridos. Externamente às vezes mostramos aos outros que superamos ou estamos bem, mas só nos escondemos e mentimos para nós mesmos, em como nos sentimos. Ou em alguns momentos podemos até estarmos bem, mas em outros sentimos a dor da ferida interna.
É necessário ser sincero consigo mesmo e com as pessoas mais próximas, família e amigos, ou um profissional de saúde mental. Abrir o coração, expor nossos conflitos internos e sentimentos. Escrever num papel ou diário sobre nossas emoções e processos internos, que estamos lidando na alma ou mente. Tirarmos lições dos erros ou acontecimentos trágicos, mas não deixarmos ser consumidos pela culpa ou raiva. E entender que leva muito tempo para a ferida cicatrizar, mas não podemos esmorecer ou desistir da cura e restauração.
Precisamos investir durante esse processo em autoconhecimento (conhecer a si mesmo), autodesenvolvimento (desenvolvimento pessoal), autoperdão (perdoar a si mesmo), autoempatia (ter empatia consigo mesmo) e autocompreensão (compreender a si mesmo).
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